sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dualidade

Enquanto tu cagas eu cago para o mundo.
Esse mundo verde/cinza de esgoto e alegria
Não tenho estilo literário
Não tenho ao menos um caminho de vida
Sou paraninfo de uma história única, a minha.

Sem referências e discursos únicos
Sou dual em todo o sentido possível
Tenho corpo pulsante e cabeça pensante
Me encanto com o mar e com a Clarice
Sou um paradoxo em formato de gente
Corpo e mente em desarmonia total

Bicho pensante, corpo com cérebro
Adoro a sensação do sal e da água
Amo um livro bem lido
O envolvimento com alguma causa é sempre possível
Assim como o mero desenvolvimento corporal

Apoio sobretudo as causas impossíveis
Me lixo para as causas politicamente corretas
Escrevo e viajo porque preciso
Preciso manter a divisão sossegada
antes que ela me mantenha em cárcere 

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