Meu pulso dói e meus dedos, já tortos, ficaram estranhos.
É o método científico
que me obriga a um texto assim
amarrado, contido, repetitivo
tem motivo sei bem, mas cansa.
É braçal, dedutivo e analítico ao mesmo tempo
é longo, óbvio e tem algo de fantástico
não oferece estratégia de fuga, é assim e pronto!
Por isso recorro ao texto livre
para tirar as algemas e descansar a mão
caminho e bebo para anestesiar a mente
minto na poesia para ser racional no método.
Penduro roupas e planto rosas
para ser de novo humana
feita de cabeça e carne
mais carne que cabeça
É um tijolinho! Um pedaço de cabeça que fortalece a carne.
ResponderExcluirAs rosas que você planta eu colho. A sua carne mais que cabeça, eu amo.
N
O método científico é plural, sobretudo na "social sciences". Há um menu de approaches e, dentro destas, um sub-menu de métodos, qualitativos, quanti-, dedutivos, indutivos, e mixtos... O problema é que, no começo do enveredar acadêmico, não nos apresentam este menu propriamente. Aí tentamos ser sérios e precisos como os "scientistas" políticos e sociólogos de antigamente. Repetir o método do carinha famoso é mais seguro, mais confortável. Nossos supervisores (o grosso deles) foram treinados para repetirem este processo e para ensiná-los para seus alunos. Mas, graças aos norte-americanos (os mesmos que fodem o mundo), temos hoje a internet, seus portais acadêmicos de metodologia, para nos mostrar portas que não existem nas paredes sólida das mentes e instituições retrógradas brasileiras. "Verborragiei" pra dizer que: fazer ciência social pode ser prazeroso a beça. Mas as probablidades deste "poder" tendem a ser baixas. Poesia, no ínterim do processo, é igual café ou, para os conflituosos, cigarro.
ResponderExcluirVerborragias são sempre interessantes e esta me fez pensar... Sim, acho que pode e é prazeroso fazer ciência social, mas é tbém difícil e conflituoso. No processo acho que lanço mão dos três elementos: poesia, café e cigarro!
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